sábado, setembro 16, 2006

Sobre relatórios e trabalhos acadêmicos e o futuro.

Estava eu, "cá com meu butões", enquanto realizava meus trabalhos de facul ( trograma de tratamento para tabagistas) e começei a perceber o quanto estou empolgada com o início dos estágios no próximo semestre. Com certeza vai ser pesado, mas também uma "puta" realização e conquista depois de 4 anos e meio de faculdade... ufaaaa! :)

Claro que estou receosa, exige sempre muito, trabalhar com pessoas e ainda mais no que diz respeito a trabalhar com seus sofrimentos, angústias, sonhos e necessidades.
Ainda não sei ao certo qual será a minha "linha", pois dependerá do orientador que eu conseguir. Mas mesmo assim, ando estudando por conta: um pouco de psicanálise, olhando a comportamental e a existencial/humanista. Afinal, terei de fazer o melhor pelo meu paciente, não importando o embasamento teórico que utilizarei, no sentido se gosto ou não dele.

Sempre tive muitas ressalvas quanto a psicanálise e nunca escondi. Não concordo com muitas coisas, mas me dei ao direito de ir estudá-la um pouco mais a fundo.
Começei com obras classicas de Freud, como Totem e Tabu e o Mal Estar na Civilização. Porém, não consegui me prender sómente a isso: nada melhor que conhecer a vida do teórico, suas influências e meio no qual vivia. Isso demarca bem o que o auxiliou na sua teoria, o que lhe trouxe equivocos.
Então estou lendo a biografia de Freud chamada: 'Freud: o lado oculto do visionário' de autoria de Louis Breger. Particularmente estou gostando muito... são meras 500 e poucas páginas.
Muita coisa ali explica as suas criações, falando dos termos, como o complexo de Édipo. Fenomeno que ele sofreu, ou acreditou sofrer em sua infância, ao desejar sua mãe e ter o pai como rival. Com isso, devido a sua experiência pessoal, determinou que era um fenômeno universal na infância de qualquer criança.
Estas e outras tantas inferências estão no livro. Indico e acredito ser uma boa leitura para desmistificar a influência da vida pessoal de Freud em sua "psicanálise". Não estou de nenhuma forma dizendo que a Psiacanálise não seja válida como teoria. Acredito que ela seja sim, e de alcance memorável em vários casos nos que foi empregada.
O que quero provocar é um pensamento crítico e assim uma leitura menos carregada de "achismos".

Muitos "furos" na Psicologia hoje em dia se devem a esta falta de clareza, quando se mistura o que nos é bom e funcional e quando aplicamos isso como verdade pra o outro, esperando que ele absorva e proceda desta maneira pré determinada. Porém, não existe simplicidade quando se trata de Humanos. Somos seres complexos por excelência.

Fica a indicação do livro. Uma visão nova, ou nem tanto, não fantasiada e contextualizada do menino que queria se tornar um mito.

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