quarta-feira, abril 21, 2010

Poema para uma noite escura.

... E eu venho falar da profunda fome que me assola,
rouba meu sono e meu sonhos mais preciosos.
... Ela me açoita como a um escravo sem futuro, sem rumo, perdido.


Sinto a alma devastada, num vazio no peito,
assim tão longe te mantenho intocado, isolado. 
Assim me arrasto faminta e desolada.
Imploro por comida e clemência, 
mas ela insiste em me cortar profundamente a carne,
como se te procurasse sob a minha pele morna.


Então entre suspiros e gemidos,
tenta escoar de mim tuas memórias,
minha riqueza absoluta, meu prazer, minha vida.
Rolo pelos lençóis,
tentando fazer deles ataduras para minhas feridas mais puras,
tingindo o branco alvo de vermelho paixão.


Derrubo vinho e lágrimas
minha boca trêmula não cansa de chamar teu nome,
implorando sem fim por um fiapo de atenção.
Ah, quem há de enxergar um coração que sangra quieto,
olhos que gritam em silêncio,
uma boca fria, amargurada por prazer....

Um comentário:

Draupadi disse...

O que deixa esta mente tão inquieta ? Queria poder invadi-la e tirar desse peito toda angústia !!! Te amo demais , postei pra sua menina um mimo , segundo o moço do correio chega aí na segunda feira !!! Bjus